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sábado, 13 de julho de 2013

MAIS UM CRIME DEIXA MOVIMENTO LGBT REVOLTADOS E PEDEM SEGURANÇA E RIGOR NAS INVESTIGAÇÕES

Por*EUGENIO IBIAPINO
Senhor Governador Sergio Cabral.
Vossa Excelência não vai chorar pelo sangue de Leonardo Teixeira Cardoso?
Desaparecido desde o dia 07/07 2013, depois de muitas buscas a família localizou o seu corpo crivado á balas no IML de Nova Iguaçu Rio de Janeiro.
Os crimes de intolerância se tornaram corriqueiros em todo o estado do Rio de Janeiro, especificamente na baixada fluminense. Á ausência de uma política publica concreta contra á homofobia tem impulsionado mais ainda a impunidade dos que agridem e matam as pessoas por causa da sua orientação sexual.
Todavia entendo que não conseguiremos acabar com os variados crimes, em especial os chamados ‘CRIMES DE ÓDIO “mas se as cidades tivessem um centro de referencia de combate à homofobia ou algo do gênero iria com certeza inibir a praticas desse tipo de afronta aos direitos humanos. Enquanto as pessoas LGBTS estão morrendo, muitos/as por causa da intolerância, os chamados movimentos organizados LGTS fazem um alarde na mídia exigindo o casamento LGBT ou casamento igualitário, enquanto esquecem a principal bandeira de luta que é aprovar o PL (projeto de lei) 122 que criminaliza á homofobia, equiparando á ao crime de racismo. Nada contra o casamento e tudo á favor da vida contra á pena de morte silenciosa que está sendo imposta aos LGBTS, principalmente das classes mais empobrecidas, que não podem morar em um condomínio que tenha um bom esquema de segurança, que não podem andar de carro blindado como acontece com funcionários do Estado que “trabalham” no combate a homofobia, que não podem comprar uma boa pistola e fazer um bom curso de tiro, ou pagar uma boa academia aonde possa aprenderuma modalidade de luta para a defesa pessoal, etc.
Portanto, não quero ser simplista e achar que o crime pode ser resolvido com uma canetada, porque o crime é o resultado de como estamos organizados, é o fruto não somente de tipo de educação que recebemos como também do sistema que se alimenta do suore sangue de uma classe para manter os privilégios de uma minoria.
A homofobia vem de todas as classes sociais, mas se tivéssemos um trabalho nas comunidades, escolas, sindicato, igrejas, se existisse uma política séria e acertada sobre este tema, a sociedade brasileira especificamente a baixada fluminense já poderia conviver com os homossexuais com mais respeito, com outro olhar diferenciado que não seja com o olhar do desprezo, do nojo e da morte.
Eu escapei da morte no dia 22 de junho graças a dois vizinhos que me socorreram, e depois soube que os agressores se defenderam dizendo que queriam apenas fazer um susto.
A família, namorado, amigos e a comunidade LGBT organizada de Nova Iguaçu tinham esperança de encontrar LEONARDO TEXEIRA CARDOSO com vida, mas infelizmente foi localizado em um instituto médico legal.
Sei que não deve ser confortável para algumas autoridades saberemdessa denuncia, todavia ela é   necessária, porque em pleno século XXI  a intolerância e o ódio não podem encontrar espaço em nossos corações e mentes.
 Afeto não é crime e o amor não mata, o que mata é a incompetência dos governantes e a inércia da sociedade que ainda cai na tentação de não ver perigo algum na ideologia divulgada pelos Felicianos, Malafaias, e Bolsonaros da vida, que incentivam uma cultura de extermínio da comunidade lgbt.
Senhor governador, senhores deputados, senhores prefeitos.
Quem será o  próximo?que  será  encontrado  amanhã sem vida  numa  pedra  fria  do IML?
*Sobre o autor do texto.Fundador do movimento LGBT da baixada fluminense-Apresentador do programa Atitude Gera mudança da C4 TVWEB-Articulista.-Secretario de Comunicação do grupo 28 de junho-Um dos coordenadores da Parada LGBT de Nova Iguaçu. 
Email: eugenioibiapino@gmail.com

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